A Secretaria Estadual de Segurança Pública registrou 1.499 homicídios dolosos no Paraná nos primeiros dez meses de 2023, o que representa 10,7% a menos que no mesmo período de 2022, com 1.679 ocorrências do crime. Dos 399 municípios paranaenses, 153, cerca de 38% do total, não registraram homicídios de janeiro a outubro, 88 tiveram apenas um, ou seja, 22% do Estado, e 100 registraram de 2 a 5 ocorrências do crime, contabilizando 25% do Paraná. Entre as cidades sem registros estão Cruzeiro do Iguaçu, Cafeara, Entre Rios do Oeste, Guaporema, Itaguajé, Jesuítas, Juranda, Lunardelli, Maripá, Mato Rico, Nova Cantu, Pinhalão, Pranchita, Ramilândia, Rebouças, Salgado Filho, Turvo, Sertaneja, Terra Boa e Vitorino. Segundo o secretário da Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, a queda está atrelada ao amplo trabalho de combate ao crime em todo o Estado, com fiscalização nas ruas, em locais estratégicos e investigações complexas.
Nos últimos anos, o Governo do Estado investiu na aquisição de 26 mil coletes, 25 mil pistolas e 2.800 viaturas, além de 1.700 viaturas locadas. Também foram contratados mais de 3.500 profissionais para Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, medida que permitiu que 94 municípios paranaenses que não possuíam efetivo fixo da PM contassem com a presença policial e que todas as 161 comarcas do Estado tivessem delegados. Houve diminuição nos homicídios em diversas regiões. Na Capital, o índice caiu 26% de janeiro a outubro, quando comparado com o ano de 2022. Foram 58 ocorrências a menos: de 223 para 165. Na 2ª Área Integrada de Segurança Pública, com sede em São José dos Pinhais e que concentra 22 municípios da Região de Curitiba, houve queda de 112 ocorrências na comparação de janeiro a outubro neste ano com o mesmo período do ano passado, uma redução de 33%. A maior queda percentual regional do Estado foi na 8ª Área de Laranjeiras do Sul, que é composta por dez municípios: 54%. Também houve uma grande diminuição na Área de Francisco Beltrão, que agrega 26 municípios e registrou uma redução de 52% nos homicídios dolosos.
Foto: Adilson Afonso Voinaski/ SESP