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Com apoio do estado, bióloga desenvolve kit de diagnóstico rápido de câncer de mama

COM APOIO DO ESTADO, BIÓLOGA DESENVOLVE KIT DE DIAGNÓSTICO RÁPIDO DE CÂNCER DE MAMA

Segundo dados do Inca, Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama ocupa a primeira posição em mortalidade entre os cânceres e entre mulheres. Em 2021, foram mais de 18 mil mortes causadas pela doença no Brasil. Dos casos registrados, 41% deles só foram descobertos quando já estavam em estágios avançados, ou seja, o maior desafio da saúde pública é fazer com que os diagnósticos ocorram mais cedo. Essa é uma das missões da startup Hyla Biotech, que busca criar um dispositivo capaz de detectar o câncer de mama de forma mais rápida, pouco invasiva e com baixo custo. O projeto foi criado pela bióloga Maria Luiza Ferreira dos Santos, aluna de doutorado da Fiocruz. A Hyla Biotech é o primeiro projeto spin-off da Fiocruz no Brasil, aproveitando as experiências da instituição para desenvolver e comercializar produtos ou serviços inovadores. O produto consiste em um kit de diagnóstico por meio de um biossensor que identifica a presença ou ausência de um tumor em até 30 minutos, sendo necessário apenas uma amostra do sangue do paciente. A ideia é que ele seja utilizado ainda na fase de rastreio e triagem da doença, nos primeiros atendimentos em hospitais e unidades básicas, e que após a confirmação do câncer a paciente seja encaminhada para fazer exames mais aprofundados e iniciar o tratamento. O projeto está em fase de validação analítica, com estabelecimento de parcerias para conseguir amostras sanguíneas de pessoas com câncer de mama e fazer testes de eficácia do produto. A próxima etapa é a de validação clínica. Depois disso, o modelo ainda precisa passar por aprovação da Anvisa e da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde para que possa ser inserido no SUS. O projeto surgiu quando Maria Luiza, em conjunto com seu orientador, investigavam porque, com tantas pesquisas e terapias avançadas em relação ao câncer de mama, muitas mulheres ainda morrem em decorrência da doença.
Foto: SEI-PR

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