Um levantamento da Tiki Kids Online Brasil com quase 3.000 jovens que tem entre 9 e 17 anos apontou que 95% acessam a internet no Brasil, o que representa 25 milhões de pessoas. Segundo a pesquisa, quase 90% dos entrevistados têm perfis em plataformas digitais.
Os que têm entre 15 e 17 anos, a proporção foi de 99%. Foram entrevistados também os pais e os responsáveis desses jovens em todo o território nacional. As entrevistas aconteceram entre março e julho do ano passado.
Dr. Nelson Douglas Eisenbaum, médico, pediatra e neonatologista, explica que deve se colocar limite no tempo em que os jovens ficam nas redes sociais.
“É muito importante a gente limitar a criança, a gente colocar limite, a gente explicar que as coisas têm começo, meio e fim.
O problema que a gente tem é o quanto colocar. Então esse limite de duas horas é um limite estudado, ele é adequado para seu filho. A ideia de você deixar um adolescente o tempo todo numa rede social ou o tempo todo usando o celular sem ponto de parada vai causar dano social ou psicológico para a criança.
É óbvio que eles querem mais informação e eu não estou demonizando a rede social ou o celular. O celular é uma fonte de informação muito importante. Usar um Google, usar alguma coisa para estudar é importante hoje, é como a Barça de antigamente.“
Pela primeira vez, a pesquisa coletou numa mesma edição, dado sobre habilidades digitais e indicadores relacionados ao consumo. Quase 80% dos jovens que têm entre 11 e 17 anos e participaram dessa pesquisa concordam que a marca tem algum influenciador para vender e divulgar o seu produto. 60% desses jovens disseram que são impactados pelas publicidades e pelos influenciadores que abrem as embalagens ou então ensinam eles a usar aquele tipo de produto.
O estudo mostra ainda que metade dos entrevistados que têm entre 11 e 17 anos pediram aos pais irresponsáveis para comprar algum produto depois que lhes assistiram a propaganda e a publicidade. Somente 30% das crianças e adolescentes de 9 a 17 anos têm pais, mães ou responsáveis que afirmam utilizar os filtros ou as configurações que restringem o contato com propaganda na rede.
A categoria de roupas e sapatos foi a mais vista em publicações online, seguida por equipamentos eletrônicos, depois comidas e bebidas, em seguida maquiagens e outros produtos de beleza e, por último, videogames e jogos.
Via: Jovem Pan News