A colheita de café chega a 36% da previsão de 713 mil sacas no Paraná e os produtores começam a se apropriar da evolução de quase 100% em relação aos preços praticados no ano passado. Em junho de 2024 a saca do produto beneficiado estava em mil 151 reais em média, e nesta quarta-feira atingiu 2 mil e 83 reais. Os preços e ganhos em relação ao café é um dos assuntos analisados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 13 a 18 deste mês. O documento do Deral, Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, também fala do protagonismo do Estado na produção de proteína animal e na diversificação agrícola. O preço do café registrado agora em junho ganha mais destaque, levando em conta que há boa margem em relação aos custos totais levantados pelo Deral, que em maio ficou em mil 186 reais. É o que explica o agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho.
Mesmo com o clima pouco favorável na semana, houve uma janela bem aproveitada pelos produtores de milho e a área colhida já alcança 227 mil dos mais de 2 milhões de hectares plantados no Paraná. O boletim destaca ainda que 54% da área total já se encontra na fase de maturação. Com isso, mesmo que haja geadas intensas, dificilmente essas áreas serão impactadas de forma significativa. No entanto, os 46% restantes estão em fase mais suscetíveis ao frio. E a pesquisa trimestral do IBGE mostrou que o Paraná abateu 354 mil cabeças de bovinos neste ano. O número é aproximadamente 4% superior aos 340 mil do mesmo período do ano passado. Apesar do crescimento, o Paraná ainda tem participação de apenas 3% dos animais abatidos nacionalmente. Além disso, mesmo com o evento da Influenza Aviária em granja comercial do Rio Grande do Sul, os dados do Agrostat Brasil mostram que nos primeiros cinco meses do ano houve aumento nas exportações de carne de frango.
Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN