O Governo do Estado enviou ao Legislativo, nesta segunda-feira, o projeto que cria o Fundo Estratégico do Paraná. O fundo será um instrumento de gestão fiscal, sustentabilidade, resposta a desastres e investimentos de longo prazo. O texto define os objetivos, as fontes de recurso e as regras de operação. O Fundo Estratégico ficará ligado à Secretaria da Fazenda e será organizado em três frentes: desenvolvimento socioeconômico, sustentabilidade fiscal e enfrentamento de desastres. A proposta cria um mecanismo permanente para dar segurança fiscal e estimular novos investimentos no Estado. O fundo terá três reservas. A primeira é a de Investimento Estratégico, voltada ao financiamento de projetos estruturantes, como obras de infraestrutura, modernização logística, inovação e ações para atração de empresas. A partir de 2028, com o fim dos benefícios fiscais previstos na Reforma Tributária, essa reserva passa a ser uma das ferramentas para manter a política de incentivo econômico. Hoje, o Paraná Competitivo já movimenta mais de 13 bilhões e 800 milhões em investimentos. A segunda é a Reserva para Sustentabilidade Fiscal, que funciona como uma poupança pública. A meta é manter o Índice de Liquidez Relativa acima de 5%, o que garante fôlego para despesas obrigatórias em situações excepcionais. Quando não utilizada, essa reserva também deve ajudar a gerar receitas e reduzir custos do Estado. A diretora do Tesouro Estadual, Carin Deda, compara esses recursos do Fundo Estratégico com a poupança de emergência que muitas famílias fazem para lidar com cenários de crise.
Foto: Geraldo Bubniak/ANPr
