Cordovan Neto explica como funciona o pedido da destituição do presidente da Câmara de Vereadores de União da Vitória
Na noite desta segunda-feira ocorreu a 31ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de União da Vitória e o vice-presidente da Casa, vereador Cordovan Neto, explicou a respeito da representação apresentada pela vereadora Thays Bieberbach (PT). A parlamentar protocolou, na sexta-feira (26), uma representação para destituição do presidente da Câmara, vereador Anderson Cardoso, do cargo na Mesa Diretora.
A representação, que possui quase 40 páginas e foi dada ciência a todos os vereadores, cita diversas circunstâncias. O documento foi encaminhado integralmente ao vice-presidente, vereador Cordovan Neto, a quem cabe dar sequência aos trâmites, por se tratar de pedido de destituição do presidente. Nesses casos, conforme regimento interno da Casa de Leis, o vice-presidente assume a condução do processo como presidente interino.
Dessa forma, Cordovan Neto colocou em pauta, na 31ª Sessão, a representação da vereadora, que foi aprovada com 8 votos favoráveis e 4 contrários — sendo contrários os votos do próprio presidente Anderson Cardoso, da vereadora Guga, do vereador Alemão da Agro e do vereador Marcio Utzig. Neste caso, Cordovan Neto não votou, por estar na condição de presidente interino.
O tema gerou intensos debates. O vereador Marcio Utzig solicitou o arquivamento da representação, apontando supostas falhas nos trâmites internos. Contudo, segundo Cordovan Neto, a análise regimental e a orientação jurídica da Casa confirmaram a regularidade do processo, permitindo a continuidade da votação.
Durante as manifestações, a vereadora Guga defendeu o presidente; o vereador Borracha apontou falhas na condução de Anderson Cardoso, ressaltando que ele terá direito de defesa em até 15 dias; e o vereador Sass destacou que haverá um processo de avaliação caso ocorra a votação definitiva da destituição. Já as vereadoras Thays e Pastora Josi relataram situações de tratamento inadequado por parte do presidente, sendo que Thays também apresentou outros apontamentos que, segundo ela, não devem ocorrer dentro da Casa.
O vereador Anderson, presidente da Casa Legislativa, utilizou a tribuna durante a 31ª Sessão abordando o assunto da rivalidade política com o principal tema: segundo ele foi realizada uma denúncia anônima no Ministério Público onde o mesmo foi acusado de violência de gênero na Casa Legislativa e segundo ele, tal acusação veio arquivada como resposta por não reconhecer, segundo ele, a situação de acusação. O presidente, vereador Anderson, mencionou tal arquivamento diversas vezes na discussão o que acabou sendo ignorado pelos vereadores que votaram contrário e se manifestaram.
Com a aprovação da representação, abre-se agora o prazo de 15 dias para apresentação da defesa do vereador Anderson Cardoso. Em seguida, o processo seguirá para análise dos parlamentares, dentro do rito regimental, podendo resultar ou não na votação pela destituição.