Com um desconto de 0,08% em relação ao valor da tarifa de referência estipulada em edital, de pouco mais de 11 centavos, o Grupo EPR, formado pelas empresas Equipav e Pefin, foi o vencedor do leilão do Lote 2 do novo pacote de concessões rodoviárias do Paraná, realizado nesta sexta-feira. Com isso, a tarifa por quilômetro rodado será 56% menor do que o valor que seria cobrado caso o modelo do antigo Anel de Integração ainda estivesse em vigor. Um dos grandes destaques será na praça de Jacarezinho, que terá uma redução de 67% em relação ao que seria praticado na antiga concessão, pulando de 32 reais e 30 centavos para 10 reais e 39 centavos. A disputa aconteceu na sede da B3, a Bolsa de Valores, em São Paulo, com a participação do governador Carlos Massa Ratinho Junior e do ministro dos Transportes, Renan Filho. A homologação do resultado acontecerá no dia 10 de novembro e a assinatura do contrato com o grupo deve ocorrer até 26 de janeiro de 2024. Ratinho Junior destacou o desconto obtido no valor das praças de pedágio para a nova concessão.
O Lote 2 tem uma extensão total de 605 quilômetros e receberá investimentos de 10 bilhões e 800 milhões de reais em obras. As intervenções incluem a duplicação de 350 quilômetros, instalação de 138 quilômetros de faixas adicionais, 73 quilômetros de vias marginais e 72 quilômetros de ciclovias. Vão ser ainda 107 novos viadutos, 52 passarelas, 35 pontos de correção de traçado e oito passa-faunas, que são estruturas que permitem o deslocamento de animais silvestres sem o risco de atropelamento. A concessão abrange as regiões de Curitiba, Litoral, Campos Gerais e Norte Pioneiro com cobertura integral ou parcial das rodovias federais BRs 153, 277 e 369 e das estaduais PRs 092, 151, 239, 407, 408, 411, 508, 804 e 855. Sete praças de pedágio vão ser instaladas nos trechos, sendo duas em Jacarezinho, nas BRs 153 e 369, e uma em São José dos Pinhais, na BR-277, além de Carambeí, Jaguariaíva e Sengés, na PR-151, e Quatiguá, na PR-092. Os contratos preveem que as principais intervenções sejam executadas nos primeiros anos dos 30 de vigência do contrato. A concessionária contratada também deverá arcar com aproximadamente seis bilhões e 500 milhões em custos operacionais durante o período, o que inclui serviços médico e mecânico, pontos de parada de descanso para caminhoneiros e sistema de balanças de pesagem. A previsão da ANTT é gerar cerca de 110 mil empregos diretos. Uma das vantagens do novo modelo é para os motoristas que costumam passar pelas praças de pedágio mais de uma vez ao mês. Um sistema chamado de Desconto de Usuários Frequente garante um desconto percentual cumulativo e variável de acordo com a praça baseado em cálculos técnicos ao longo de um mesmo mês.
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