Com o avanço da colheita, o Departamento de Economia Rural, da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, atualizou os dados sobre as perdas na safra paranaense deste verão em decorrência do clima. Segundo a Previsão Subjetiva de Safra divulgada nesta quinta-feira, o Estado deve colher 21 milhões e 120 mil toneladas de grãos em uma área de seis milhões e 200 mil hectares. No relatório de janeiro, a estimativa era de 22 milhões e 100 mil toneladas. A expectativa divulgada corresponde a uma redução de 17% com relação ao esperado no começo do ciclo e, se confirmada, seria um volume 21% menor ao colhido na safra de verão passada, que foi de 26 milhões e 670 mil toneladas. Segundo o chefe do Deral, Marcelo Garrido, a quebra se deve principalmente às condições climáticas enfrentadas.
Para a soja, é prevista uma produção de 18 milhões e 230 mil toneladas, 16% menor do que a estimativa inicial, de 21 milhões e 600 mil. A primeira safra de milho deve gerar dois milhões e 590 mil toneladas, 13% abaixo do esperado no começo do ciclo; e 167 mil toneladas de feijão devem ser colhidas na primeira safra, quebra de 23% sobre a estimativa inicial. Foram colhidos 52% dos hectares de soja plantados. Nesta semana, 61% das lavouras estão em boas condições, 32% medianas e 7%, ruins. O plantio do milho segunda safra avançou pelo Estado. Até esta semana, já foram plantados 66% do previsto. A área teve um leve aumento desde janeiro e, com isso, a produção pode ser 3% maior do que no ciclo 2022-2023, somando aproximadamente 14 milhões e 600 mil toneladas. As lavouras já plantadas têm condição boa em 94% do total. Já a colheita da primeira safra de milho chegou a 65% do que foi plantado. Segundo o Deral, muitos que tiveram problemas com a soja optaram pelo plantio de feijão na segunda safra, também por causa dos bons preços. Com isso, houve um aumento de área de 18% em relação à safra anterior. É estimada a produção de 691 mil toneladas, 44% a mais que em 2022-2023. Cerca de 97% das lavouras estão em boas condições. Além disso, o Boletim de Conjuntura Agropecuária desta semana elaborado pelo Deral, apresenta dados sobre o preço de pescados, um prato cujo consumo cresce no período da quaresma. A pesquisa no varejo realizada pelo Departamento apontou que o quilo do filé de tilápia estava sendo comercializado em fevereiro por R$ 52,16, alta de 3% quando comparado ao mesmo período de 2023.
Foto: Gilson Abreu/AEN
